Cientistas descobriram como armazenar imagens digitais em DNA
Cientistas conseguiram usar as mesmas moléculas de DNA para armazenar fotografias digitais e recuperá-los intactas. Como o DNA tem dimensões microscópicas, os investigadores calculam que os ficheiros que seriam tipicamente armazenados em um centro de dados pode ser comprimida em um espaço do tamanho de um cubo de açúcar.
A equipe da Universidade de Washington, em parceria com engenheiros da Microsoft, foi capaz de codificar quatro imagens digitais em cadeias de DNA. Para isso, foi necessário converter os arquivos para os quatro elementos básicos do DNA – adenina, guanina, citosina e timina. Mas ainda mais desafiador, foi inverter o processo sem erros!
Foram colocados dentro das moléculas de DNA, fórmulas sintetizadas e artificiais para torná-los mais fáceis de localizar e ler. E funcionou! Os pesquisadores foram capazes de armazenar com sucesso e, em seguida, recuperar os arquivos.
A equipe agora pensa que a codificação de DNA poderia ter um potencial real para arquivar dados no futuro, embora não seja tão adequado para informações que precisam ser imediatamente e continuamente acessada.
“A vida tem produzido esta molécula fantástica chamado DNA que eficientemente armazena todos os tipos de informações sobre seus genes e como um sistema vivo funciona – é muito, muito compacto e muito resistente”, disse um membro da equipe, Luis Ceze. “Estamos redirecionando essencialmente, para armazenar dados digitais – imagens, vÃdeos, documentos – de uma forma viável para centenas ou milhares de anos.”
“Este é um exemplo onde nós estamos tomando emprestado algo da natureza – DNA – para armazenar informações”, acrescenta. “Mas nós estamos usando algo que sabemos à partir de computadores – como corrigir erros de memória – e aplicando isso de volta à natureza.”
Tão promissor quanto esses resultados iniciais são, ainda há muito trabalho a fazer antes do primeiro centro de dados de ADN poder ser aberta. O procedimento só foi testado em pequena escala, e precisa investimento, além de equipamentos de laboratório.
Os resultados da equipe foram apresentados na Conferência Internacional de ACM sobre suporte de arquitetura para linguagens de programação e sistemas operacionais em Atlanta, Georgia.
Fonte: geek.com.br