Perigo! Dobra a taxa de smartphones infectados no mundo em seis meses


Nas últimas semanas, foram noticiadas duas grandes ameaças em smartphones dos dois sistemas operacionais mais populares do mundo. No Android, um conjunto de falhas que ficou conhecido como Quadrooter deixava em risco nada menos que 1 bilhão de dispositivos com o robozinho. Há poucos dias, foi revelada uma ameaça no iOS, que foi chamada de Pegasus, que poderia afetar quase 90% dos aparelhos da Apple.

No caso do Android, o Google declarou que o software já é programado para bloquear o tipo de falha em 90% dos casos em que uma delas poderia ter sido explorada, mas, ainda assim, já incluiu a correção para três delas, faltando a última ser coberta agora em setembro. Já os dispositivos da Maçã só precisam ser atualizados para a última versão do sistema que ficarão protegidos.

A Nokia faz estudos semestrais sobre as ameaças que existem em nossos smartphones. O relatório mais recente revela que dobrou a porcentagem de dispositivos afetados por ao menos um código malicioso, podendo ser malware, ransomware, trojan, adware agressivo, software espião, entre outros. Entre janeiro e junho de 2016, uma média de 0,49% dos celulares inteligentes no mundo tiveram algum desses programas instalados. Isto é quase o dobro do que foi detectado entre julho e dezembro do ano passado, quando a média ficou em 0,25%.

Android é o mais visado


Segundo a Nokia, o pico foi visto em abril, quando mais de 1% dos smartphones continham algum código malicioso instalado. E o Android é um dos sistemas mais visados, com aumento de 75% na quantidade de apps infectados nos últimos seis meses, subindo de 5,1 milhões para 8,9 milhões. No entanto, este número pode contar um mesmo app mais de uma vez, pois considera cada smartphone individualmente, sem separar exatamente qual é o programa.

Enquanto 74% das infecções se dão em aparelhos Android, outras 22% acontecem em Windows, o que inclui tanto PCs como dispositivos móveis. Já o iOS, o sistema dos aparelhos da Apple, apareceu somado com outros sistemas, que ficaram com apenas 4% dos casos.

E há uma preocupação extra. O estudo da Nokia ainda detectou que os vírus em dispositivos móveis estão ficando cada vez mais sofisticados, sendo que alguns já conseguem tomar controle total do aparelho fazendo root. Segundo os dados, três dos códigos maliciosos mais comuns neste primeiro semestre de 2016 somaram 47% das infecções, e são o Uapush.A, Kasandra.B e SMSTracker.

Os dados da Nokia são coletados pela sua solução NetGuard Endpoint Security, que abrange 100 milhões de devices, entre smartphones, tablets, laptops e desktops, no mundo todo.

Fonte: tudocelularc.om