Microsoft cria divisão para inteligência artificial

A Microsoft tomou a decisão de unificar as suas equipas de desenvolvimento do Cortana e do Bing na divisão “Artificial Intelligence Research Team”. Harry Shum é o responsável pelo novo núcleo, já colocado à frente de outros projectos da Microsoft Research e do Bing.

A nova estrutura vai ser constituída por mais de cinco mil cientistas e engenheiros que vão ter como objectivo democratizar o acesso a tecnologias de Inteligência Artificial (IA). Para tal, a empresa pretende desenvolver um supercomputador de IA na em cloud computing, com a Azure, a ser disponibilizado para todas as pessoas e organizações.

Também deverá introduzir IA em cada uma das suas aplicações, além de a usar para melhorar as capacidades do assistente pessoal, Cortana. “Actualmente contamos com 133 milhões de utilizadores do sistema e demos resposta a mais de dez mil milhões de perguntas”, afirma Shum.

“Com a união de esforços com a Microsoft Research e outros investigadores de IA da empresa, tenho elevadas expectativas em relação à qualidade do Cortana, na experiência de utilizador”, acrescenta.
“Precisamos de ver que tipo de cenários são de maior importância para os utilizadores. É um caminho de aprendizagem”, comenta Harry Shum (Microsoft).
O assistente pessoal da Microsoft foi desenhado para ajudar as pessoas a completarem uma tarefa, por exemplo, lembrar que se deve comprar uma prenda de aniversário. “Precisamos de ver que tipo de cenários são de maior importância para os utilizadores. É um caminho de aprendizagem. Uma vez mais desejo sublinhar a complexidade e dificuldade deste tipo de produtos e que isso vai demorar um bocadinho”, sublinha Harry Shum.

A Microsoft está a integrar IA em todos os seus produtos. Há semanas, a empresa conseguiu bater um recorde mundial ao reduzir o nível de erro de reconhecimento de voz para apenas 6,3%. Até aqui a IBM esteve sempre em primeiro lugar, mas o seu software chegou apenas a 6,6% de nível de erro, valor superado pela Microsoft.