Casal pode encarar até 40 anos de cadeia por transmitir estupro pelo Periscope

O mundo está em nossos bolsos. Ao sacar nossos smartphones, podemos ter acesso a informações de qualquer parte do mundo em poucos segundos, na palma das mãos. E também podemos compartilhar o que estamos pensando, sentindo ou fazendo com apenas alguns toques na tela. Claro que esta nova tecnologia causa alguns problemas, sempre relacionados ao mau uso do aparelho. Acidentes de trânsito causados por distração, narcisismo em excesso que mata mais que tubarões, são alguns exemplos do que o uso incorreto do telefone pode causar.
Mas o uso indiscriminado do smartphone às vezes também ajuda a polícia a encontrar e solucionar alguns crimes. Já vimos a história de um homem que foi preso ao tentar vender drogas para o xerife da divisão de narcóticos por SMS, ou o ex-presidiário que voltou ao xilindró depois de postar fotos com armas no Facebook. Agora, o uso do Periscope para fazer um streaming de um estupro pode colocar um casal na cadeia por 40 anos.
Não se sabe o que levou Marina Lonina, de 18 anos, a sacar seu telefone e começar a transmitir para seus seguidores o crime que seu namorado, Raymond Gates, de 29 anos, cometia com uma menina de 17 anos, declarada amiga de Lonina. O trio estava bebendo em uma casa em Columbus, no estado de Ohio, Estados Unidos, quando o rapaz resolveu se atirar para cima da menor e começou a praticar ato sexual forçadamente. Lonina transmitiu a cena pelo Periscope e um amigo dela, que viu a transmissão, alertou as autoridades.

Periscope, ferramenta de streaming ao vivo

 

A dupla é acusada de estupro, sequestro, agressão sexual e forçar favores sexuais de uma menor. A acusação de estupro inclui relação sexual forçada e não está relacionado à idade da menor, de acordo com Ron O'Brien, promotor responsável pelo caso. Lonina ainda encara a acusação de usar uma menor em material ou performance pornográfica. Ela também teria postado fotos da menor nua na noite anterior ao crime. Josh Bedtelyon, advogado de Lonina, diz que ela "nega categoricamente estas acusações". Gates ainda não nomeou um advogado.
O promotor O'Brien ainda declarou que "as pessoas deveriam pensar duas vezes antes de usar seus smartphones para fotografar ou gravar qualquer coisa que esteja relacionado à natureza sexual". Mas podemos adicionar que também deveriam pensar duas vezes antes de resolver cometer um crime, especialmente estupro. Afinal, cometer crimes é o que leva pessoas à cadeia, e não o mau uso de seus aparelhos tecnológicos.

Fonte: tudocelular.com