Lucros da Microsoft abaixo das expectativas. Aposta na nuvem não foi suficiente
A Microsoft registou um resultado líquido de 3,76 mil milhões de dólares (47 cêntimos por acção) no seu terceiro trimestre fiscal (terminado a 31 de Março), o que correspondeu a uma descida de 25% face ao mesmo período do ano passado (4,99 mil milhões de dólares, ou 61 cêntimos por acção).
Sem contabilizar itens extraordinários, os lucros por acção ascenderam a 62 cêntimos entre Janeiro e Março, quando a média projectada pelos analistas sondados pela Bloomberg era de 64 cêntimos por acção.
As receitas, por seu turno, caíram 6%, para 20,5 mil milhões de dólares – contra 21,7 mil milhões no período homólogo de 2015.
Já as vendas ajustadas cifraram-se em 22,1 mil milhões de dólares, ficando em linha com o que esperava o consenso de mercado. Mas abaixo dos 26,14 mil milhões de dólares reportados um ano antes.
Os esforços do CEO da Microsoft, Satya Nadella, no sentido de transformar o "core" da empresa, deixando de estar focalizada no mercado dos PC para se concentrar mais no mercado que vende serviços na "cloud" [como é o caso da plataforma de computação Azure e o Office 365 (por subscrição)], têm-se deparado com alguns travões.
É que o crescimento dos programas específicos para a nuvem abrandou e não foi suficiente para compensar a contínua queda do mercado dos computadores pessoais.
A empresa sediada em Redmond (Estado norte-americano de Washington) está também, recorde-se, a centrar-se no Windows 10 para devolver dinâmica à sua actividade de computação pessoal.
O mercado acolheu estes resultados com pouco agrado e a tecnológica segue a recuar 4% na negociação fora do horário regular em Nova Iorque, para 53,18 dólares, depois de ter encerrado a sessão formal a subir 0,5% para 55,87 dólares.
Fonte: jornaldenegocios.pt