A Nokia está de volta. E ela quer "vingança"
Antes de olharmos o que a Nokia está fazendo agora, um pouco de história: era uma vez, uma época em que a Nokia era o rei dos telefones - inteligentes ou não - e seus melhores modelos eram objetos de desejo. Mas, como aconteceu com outros pesos-pesados, a Nokia sofreu quando o iPhone chegou. Sua insistência em apostar no Symbian, em vez de abraçar o Android, foi um erro fatal e um case de como a auto-confiança substituiu uma boa análise de mercado.
A Nokia pode não estar tão interessada assim no mercado de telefonia. Seu foco é outroVender sua divisão de telefonia móvel para Microsoft foi apenas a pá de cal que faltava: em vez de impulsionar as vendas de seus aparelhos, a marca foi para a vala de vez: em 2015, a Nokia viu as vendas da linha Lumia caírem 73% e, de quebra, ainda perdeu todas as suas melhores patentes para a criadora do Windows.
E essa parceria entre Nokia, HDM e Foxconn, inclusive, já rendeu um produto: o tablet Nokia Nokia N1. O que pode ser um bom sinal para o futuro. E significa na prática que a lendária está volta ao jogo.
E além dos smartphones, a Nokia quer emprestar a sua expertise em outro campo: os wearables. E, nesse campo, a empresa quer achar uma forma de popularizar esse tipo de dispositivo, coisa que outras gigantes do setor ainda não conseguiram. E os smartwatches podem ser os primeiros a ter essa abordagem.
Conheça os Withings
É muito improvável que a Nokia se torne tão grande como fora no passado - Samsung e Apple já venceram essa batalha, sem contar a chegada das marcas chinesas. Mas a empresa pode retomar parte das suas glórias justamente entre os wearables, uma categoria que ainda está "engatinhando" entre o público. É por isso que ela investiu US$ 191 milhões na compra da Withings, uma das mais promissoras companhias de dispositivos "vestíveis" do setor.A aquisição é interessante porque a Withings é uma empresa focada no consumidor: elas faz um ótimo (e bonito) smartwatch chamado Activite, além de diversos acessórios voltados a fitness e saúde. O que ela não tem é uma marca poderosa e a lealdade do público. E é aí que a Nokia entra.
Suri completa: "A área de cuidados com a saúde é um dos mercados verticais na Internet das Coisas, com analistas prevendo que a 'saúde mobile' será o segmento com crescimento mais rápido entre 2015-2020". Ou, em outras palavras: "Nós estamos aqui para fazer um montão de dinheiro".
E ele pode estar certo. os produtos da Withings têm muito potencial e a perspectiva de contar com a grife Nokia é animadora. Seu poder ainda é grande. A própria empresa ainda mostra confiança no seu taco ao dizer que tem "uma herança lindamente projetada em tecnologias inovadoras e confiáveis a serviço de pessoas ao redor do mundo". Quem vai discutir com isso?
Se o hype de tecnologia focada em saúde, de fato, explodir, o futuro da Nokia pode voltar a ser brilhante.
Fonte: androidpit.com.br