Windows 10 N e Windows 10 KN tem diferentes recursos de mídia; entenda
O Windows 10 pode variar conforme a região. Existem, por exemplo, versões N e KN do sistema operacional da Microsoft distribuídas em países da Europa e na Coreia do Sul, que trazem algumas diferenças curiosas em relação ao Windows
10 padrão, a que todos estamos acostumados. O “N” significa “not with
Media Player” (“sem o Windows Media Player”, em tradução livre) e o “K”
faz alusão à Coreia. Essas restrições fazem parte do Windows em todas as
suas edições, desde o Windows Vista. Abaixo, você vai entender melhor qual é a diferença entre o Windows 10 brasileiro, por exemplo, e o Windows 10 vendido na União Europeia.
Windows 10 N
A edição N do Windows 10 é voltada para o mercado europeu e ela não conta com o Windows Media Player, além das tecnologias de mídia relacionadas a ele, como ferramentas de reprodução de música, vídeo, gravador de voz, além do Skype
pré-instalado. Um consumidor que adquira um computador novo em algum
país da União Europeia em viagem, por exemplo, acaba, então, levando
para casa um Windows 10 um pouco diferente.
Entretanto, para fazer uso do Windows Media Player e dos recursos do
sistema, indisponíveis na versão N do Windows 10, basta ao usuário
buscá-los via Windows Update e instalá-los nos seus computadores.
Windows 10 KN
A
edição KN do Windows 10, por outro lado, destina-se ao mercado
sul-coreano e, assim como o que acontece na edição europeia do sistema
operacional, ela chega ao usuário asiático sem os componentes do Windows
Media Player e Skype.
Windows Media Player é excluído das verões N e KN (Foto: Reprodução/Filipe Garrett)
Assim
como a edição N, usada no mercado europeu, o Windows 10 coreano permite
que o usuário adicione esses recursos e aplicativos ausentes. A
Microsoft oferece o Media Feature Pack para Windows 10 N e KN como
atualização opcional gratuita do sistema.
Quais são as diferenças?
Mencionar o Windows Media Player em termos de Windows 10
pode parecer um pouco estranho, já que o sistema da Microsoft não usa
mais o reprodutor como app padrão. Contudo, é preciso considerar que
esse player ainda é distribuído com o sistema e que há alguns anos,
especialmente no começo dos anos 2000, o aplicativo era onipresente em
termos de mídia nos PCs.
Além disso, as tecnologias do
Windows que são responsáveis por uma série de funcionalidades de mídia
têm origem no Media Player e acabam, muitas vezes, levando o seu nome.
A seguir, você confere a lista com todos os componentes que são excluídos dos Windows N e KN:
– Windows Media Player;
– Windows Media Player ActiveX;
– Windows Media Format;
– Windows Media DRM;
– Compartilhamento de mídia e Play To;
– Media Foundation;
– Infraestrutura Windows 8.1 Portable Devices (WPD);
– Codecs de áudio MPEG, WMA, AAC, FLAC, ALAC, AMR e Dolby Digital;
– Codecs de vídeo VC-1, MPEG-4, H.264, H.265 e H.263;
– Aplicativo Música;
– Aplicativo Vídeo;
– Gravador de Voz;
– Skype
– Windows Media Player ActiveX;
– Windows Media Format;
– Windows Media DRM;
– Compartilhamento de mídia e Play To;
– Media Foundation;
– Infraestrutura Windows 8.1 Portable Devices (WPD);
– Codecs de áudio MPEG, WMA, AAC, FLAC, ALAC, AMR e Dolby Digital;
– Codecs de vídeo VC-1, MPEG-4, H.264, H.265 e H.263;
– Aplicativo Música;
– Aplicativo Vídeo;
– Gravador de Voz;
– Skype
Mas por que existem essas versões?
Não
parece fazer sentido a Microsoft se dar ao trabalho de criar versões
com menos recursos do seu sistema operacional apenas para dificultar a
vida do consumidor que precisará, caso precise do Media Player e seus
componentes, baixá-los individualmente.
Usuários podem baixar pacote que traz o Media Player de volta ao Windows 10 (Foto: Reprodução/Filipe Garrett)
E
não faz mesmo. A questão é que, ao longo dos anos, a Microsoft tem
enfrentado batalhas nos tribunais da União Europeia e de alguns outros
países contra acusações de monopólio de mercado.
Em alguns
lugares, o domínio do Windows é visto como prejudicial ao mercado porque
compromete a competitividade e tende a forçar uma gama de produtos da
Microsoft aos consumidores, eliminando as opções de escolha e
prejudicando desenvolvedores locais.
Nesse sentido, em 2004, a União Europeia obrigou a Microsoft a criar
versões do sistema operacional sem nenhuma capacidade de reprodução de
mídia pré-instalada.
A decisão foi motivada pelo absoluto
domínio do Windows com Media Player que, na visão das autoridades,
cerceava as opções do consumidor em encontrar opções de reprodutores de
mídia, já que o aplicativo vinha embutido no Windows.
O mesmo
caso acabou repercutindo em outros países. Em 2006, a comissão de
justiça de comércio da Coreia do Sul seguiu o exemplo europeu, julgando a
Microsoft culpada de práticas de monopólio.
Fonte: techtudo.com.br