Pesquisador promete R$ 630 mil a quem provar que o MS-DOS é um plágio
Há décadas circulam rumores pela indústria da tecnologia de que um
dos primeiros sucessos da Microsoft, o MS-DOS, foi fruto de plágio. A
história que se repete até hoje é que o código-fonte do sistema
operacional que Bill Gates vendeu à IBM foi copiado de outro, o CP/M,
desenvolvido para computadores da Intel.
Até hoje, essa acusação nunca passou de boato, tendo sido desmentida inúmeras vezes. Mas como a conversa de que o WhatsApp vai notificar o usuário de screenshots ou de que o Facebook vai mostrar quem visitou o seu perfil, ainda há quem insista em propagar o boato como uma teoria da conspiração.
Uma dessas pessoas é o pesquisador e consultor de TI Bob Zeidman.
Desde 2012 ele estuda detalhadamente o código-fonte do MS-DOS,
convencido de que pode um dia encontrar indícios de que a Microsoft fez
seu sucesso às custas do trabalho de outros. Até hoje, porém, não obteve
sucesso.
Em um de seus muitos estudos, Zeidman encontrou no MS-DOS 22 chamadas
de sistema - mecanismo usado pelo programa para requisitar um serviço
do sistema operacional - que tinham a mesma função e número que as
encontradas no código do CP/M. Não é uma prova de que houve plágio, mas é
suficiente para o consultor manter as esperanças.
É por isso que Zeidman decidiu pedir ajuda, oferecendo US$ 200 mil
(equivalente a mais de R$ 630 mil em conversão direta) a quem conseguir
provar que a Microsoft roubou o código do MS-DOS. Metade desse valor
será entregue a quem usar "técnicas forenses aceitáveis" para provar que
o MS-DOS foi copiado do CP/M.
Outros US$ 100 mil serão entregues a quem encontrar uma suposta
"função escondida" dentro do sistema da Microsoft que, como diz a lenda,
exibiria um registro de direitos autorais em nome de Gary Kildall, o
criador do CP/M, na tela do MS-DOS. Uma análise completa do código pode
ser encontrada aqui, caso você queira participar da empreitada.