Desenvolvedores de emulador de Nintendinho querem chegar ao Xbox One


Os desenvolvedores responsáveis pelo emulador Nesbox têm um sonho que poderia até parecer inalcançável: sair da obscuridade e publicar o software na Windows Store, o que permitiria que ele rodasse não apenas no PC, mas também no Xbox One. Esse ideal, entretanto, pareceu mais próximo nesta sexta-feira (09), quando o aplicativo foi aprovado pela Microsoft e parecia pronto para ser lançado na loja online.

O anúncio da novidade aconteceu por meio do Twitter, com os responsáveis pela aplicação agradecendo ao suporte de todos. Além de rodar os títulos do clássico Nintendinho, o Nesbox também traz ferramentas de desenvolvimento de jogos retro que podem ser usadas até mesmo por amadores, dando seus primeiros passos no mundo da programação e design de títulos com cara de clássicos.

Entretanto, a questão aqui parece ser maior do que isso. Se realmente aprovado e publicado, o Nesbox poderia ser também o primeiro emulador a dar as caras oficialmente em um console da concorrência. Os problemas legais que isso causaria, claro, já são imaginados: a Nintendo não é exatamente a empresa mais amiga daqueles que trabalham com modificação e emulação, normalmente emitindo notificações para retirada de conteúdo feito por fãs. Ela, com certeza, não ficaria muito feliz de ver seus títulos, mesmo que antigos, rodando no Xbox One.

A própria Microsoft parece estar ciente disso e, após a certificação, veio o primeiro sinal de problemas. Em uma atualização publicada pelos próprios desenvolvedores, eles afirmam que o aplicativo – chamado de “Universal Emulator” – até poderia ser visto na loja online, mas seu download não funcionaria nem mesmo no PC, quanto mais no Xbox One e dispositivos móveis com Windows. Tudo, então, pode ter ido por água abaixo.

Essa foi a última palavra sobre o assunto. Quebras de propriedade intelectual e pirataria são proibidas de acordo com os termos de uso da Windows Store, e aplicativos que incorram nessas práticas não podem ser publicados na loja. Entretanto, emuladores caem em uma área cinza desse tipo de legislação: sua existência e utilização não são ilegais, desde que o código usado para rodar os jogos seja totalmente original. O que é proibido, entretanto, é o download das ROMs, ou seja, os games, efetivamente.

Sem mais comunicados oficiais, porém, fica difícil saber o que vai acontecer. Os desenvolvedores não falaram mais sobre o assunto, e parece improvável que a Microsoft vá se pronunciar sobre. A Nintendo também está quieta, mas caso o aplicativo seja publicado na Windows Store, deve tentar dar as caras por meio das já tradicionais notificações judiciais que emite em casos semelhantes a esse.