O Windows 10 S não será para si (mas vai querê-lo)
O novo Windows 10 S, apresentado nesta semana pela Microsoft, quase de certeza que não é um produto para si - o simples facto de estar a ler esta coluna é sinal disso.
Correndo o risco de dizer-lhe algo que já sabe (peço-lhe por isso um pouco de paciência), começo por explicar o que é o Windows 10 S. Trata-se de uma nova "variante" do sistema operativo (SO) da Microsoft que, diz o gigante da informática, se destina especialmente a estudantes.
A maior diferença entre o S e o "normal" Windows (o Pro) é o facto de estar limitado a correr as apps da Loja da Microsoft. Ou seja, não permitirá instalar no computador programas descarregados de outros locais. No entanto, trata-se de um Windows completo - não é uma versão limitada como era o Windows 8 RT, que equipava os primeiros Surface. Esse era um SO construído para correr em processadores ARM e, como tal, era tecnicamente impossível correr nele, sem alterações, programas Win32 (feitos para processadores de arquitetura Intel).
No S a limitação a apps da Loja é opcional, não técnica. É de tal forma igual à versão Pro que é possível fazer-lhe o upgrade com meia dúzia de cliques (gratuitamente até ao fim do ano, depois por um preço que rondará os 40 euros, segundo foi anunciado).
Então por que razão "inventaram" esta coisa? A Microsoft invoca questões de desempenho, segurança e estabilidade. O que se compreende: as apps da Loja são filtradas centralmente para impedir vírus e outro malware. Quando são executadas, correm em ambiente "fechado" - ou seja, não tomam o controlo de recursos vitais do computador - pelo que é possível garantir que, quando se desligam, não deixam para trás código a "comer" recursos. Assim, diz a Microsoft, é possível garantir que o computador mantém a performance do primeiro ao último dia.
(O que é verdade. Pela sua arquitetura, as apps da Loja são mais seguras do que os programas Win32 e é praticamente impossível virem dali vírus. Mas há outra razão para a Microsoft precisar de atrair público para a sua loja: sem ele não consegue convencer os programadores a escreverem apps para lá ou a utilizarem ferramentas como o Project Centennial para transformar antigos programas. E uma loja bem fornecida de apps é essencial para que haja um "ecossistema" Windows viável, quer em termos de desktop - e tablets - quer ao nível do mobile, que, ao contrário do que muitos dizem, não está morto, apenas em fase de crisálida.)
Voltando à ideia inicial: para si, caro leitor, que gosta de tecnologia o suficiente para ter lido este artigo até aqui, o Windows S é-lhe provavelmente repugnante. Mas lembre-se de que há muitas pessoas que não são como nós. Algumas conseguem viver felizes sem fazer ideia se o OS da máquina que lhe deram lá no escritório tem Windows 10, 7 ou XP; muitas estão-se nas tintas relativamente a que browser usam para "ir à net" - desde que consigam entrar no Facebook, está tudo bem; e há muitos milhares que, quando lhes aparece um programa a pedir para ser instalado, se limitam a fazer "seguinte, seguinte, seguinte"...
Para todos estes - e para os miúdos (que sempre têm desculpa) - o Windows S é capaz de ser o melhor sistema. E, para si, será ideal que eles o usem. Pense só na quantidade de chamadas do tipo "o meu computador está lento", ou "isto deixou de funcionar" que ele lhe vai evitar!
Correndo o risco de dizer-lhe algo que já sabe (peço-lhe por isso um pouco de paciência), começo por explicar o que é o Windows 10 S. Trata-se de uma nova "variante" do sistema operativo (SO) da Microsoft que, diz o gigante da informática, se destina especialmente a estudantes.
A maior diferença entre o S e o "normal" Windows (o Pro) é o facto de estar limitado a correr as apps da Loja da Microsoft. Ou seja, não permitirá instalar no computador programas descarregados de outros locais. No entanto, trata-se de um Windows completo - não é uma versão limitada como era o Windows 8 RT, que equipava os primeiros Surface. Esse era um SO construído para correr em processadores ARM e, como tal, era tecnicamente impossível correr nele, sem alterações, programas Win32 (feitos para processadores de arquitetura Intel).
No S a limitação a apps da Loja é opcional, não técnica. É de tal forma igual à versão Pro que é possível fazer-lhe o upgrade com meia dúzia de cliques (gratuitamente até ao fim do ano, depois por um preço que rondará os 40 euros, segundo foi anunciado).
Então por que razão "inventaram" esta coisa? A Microsoft invoca questões de desempenho, segurança e estabilidade. O que se compreende: as apps da Loja são filtradas centralmente para impedir vírus e outro malware. Quando são executadas, correm em ambiente "fechado" - ou seja, não tomam o controlo de recursos vitais do computador - pelo que é possível garantir que, quando se desligam, não deixam para trás código a "comer" recursos. Assim, diz a Microsoft, é possível garantir que o computador mantém a performance do primeiro ao último dia.
(O que é verdade. Pela sua arquitetura, as apps da Loja são mais seguras do que os programas Win32 e é praticamente impossível virem dali vírus. Mas há outra razão para a Microsoft precisar de atrair público para a sua loja: sem ele não consegue convencer os programadores a escreverem apps para lá ou a utilizarem ferramentas como o Project Centennial para transformar antigos programas. E uma loja bem fornecida de apps é essencial para que haja um "ecossistema" Windows viável, quer em termos de desktop - e tablets - quer ao nível do mobile, que, ao contrário do que muitos dizem, não está morto, apenas em fase de crisálida.)
Voltando à ideia inicial: para si, caro leitor, que gosta de tecnologia o suficiente para ter lido este artigo até aqui, o Windows S é-lhe provavelmente repugnante. Mas lembre-se de que há muitas pessoas que não são como nós. Algumas conseguem viver felizes sem fazer ideia se o OS da máquina que lhe deram lá no escritório tem Windows 10, 7 ou XP; muitas estão-se nas tintas relativamente a que browser usam para "ir à net" - desde que consigam entrar no Facebook, está tudo bem; e há muitos milhares que, quando lhes aparece um programa a pedir para ser instalado, se limitam a fazer "seguinte, seguinte, seguinte"...
Para todos estes - e para os miúdos (que sempre têm desculpa) - o Windows S é capaz de ser o melhor sistema. E, para si, será ideal que eles o usem. Pense só na quantidade de chamadas do tipo "o meu computador está lento", ou "isto deixou de funcionar" que ele lhe vai evitar!
Fonte: dn.pt